31 de Março de 1964: Origem, Motivos e seu Impacto na História

BRMILITAR
31/03/2023
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Leitura: 34 min(s)

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31 de março de 1964, origem, motivos e seu impacto na história

O dia 31 de março de 1964 foi um dos mais importantes da história política do Brasil. Nessa data, houve a ascensão dos militares ao poder no Brasil e a queda do presidente João Goulart, dando início a um período impar na história do Brasil conhecido como Regime Militar que duraria 21 anos.

Mas quais foram as causas, os motivos e as consequências desse acontecimento? Como ele se insere no contexto histórico nacional e internacional? Quem foram os principais personagens e grupos envolvidos no 31 de março de 1964? Essas são algumas das questões que este artigo pretende abordar, buscando uma análise equilibrada e baseada em fontes confiáveis.

Neste artigo você vai encontrar:

Guerra Fria e seu contexto histórico

Guerra fria e seus impactos no 31 de março de 1964
Créditos: MuyInteressante

Para entender o que ocorreu em 31 de março de 1964, é preciso voltar um pouco no tempo e situar o Brasil no cenário mundial da época.

O mundo estava dividido pela Guerra Fria, uma disputa ideológica, política e militar entre os Estados Unidos e a União Soviética, as duas superpotências que emergiram após a Segunda Guerra Mundial.

Os EUA defendiam o capitalismo, a democracia liberal e os valores cristãos, enquanto a URSS promovia o comunismo, o socialismo e o ateísmo.

Cada um desses blocos buscava expandir sua influência e seu modelo de sociedade pelo globo, apoiando ou intervindo em países que consideravam estratégicos ou ameaçados pelo inimigo.

O Brasil era um desses países. Com dimensões continentais, riqueza natural e posição geográfica privilegiada, o Brasil despertava o interesse tanto dos EUA quanto da URSS.

Além disso, o país vivia uma situação de instabilidade política, social e econômica desde a renúncia do presidente Jânio Quadros em 1961.

Jânio quadros e João Goulart
Créditos: autor não encontrado. Leonel Brizola, Jango e Jânio Quadros ao centro.

Seu sucessor, João Goulart, conhecido como Jango, era visto com desconfiança pelos setores conservadores da sociedade brasileira, que o acusavam de ser simpatizante do comunismo e de ameaçar a ordem legal e a hierarquia militar.

Jango era oriundo do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e tinha um discurso progressista, mas não era um esquerdista convicto.

Ele assumiu o poder após a Campanha da Legalidade, que derrotou uma tentativa de impedir sua posse por parte dos militares. No entanto, ele teve que aceitar a mudança do regime presidencialista para o parlamentarista por quase dois anos, até recuperar seus plenos poderes em 1963.

Em seu governo, Jango enfrentou uma grave crise econômica e financeira, com inflação alta, dívida externa crescente e baixo crescimento.

Ele também teve que lidar com os conflitos sociais que se intensificaram no país, com movimentos de trabalhadores urbanos, camponeses, estudantes e militares de baixa patente reivindicando reformas estruturais na sociedade brasileira.

Essas reformas eram apoiadas pelo presidente, que as chamava de “reformas de base”, e incluíam mudanças na política agrária, urbana, educacional e tributária.

No entanto, essas propostas encontravam forte resistência no Congresso Nacional, dominado por partidos conservadores como a UDN (União Democrática Nacional) e o PSD (Partido Social Democrático).

Além disso, Jango sofria a oposição de setores influentes da sociedade brasileira, como empresários, latifundiários, igreja católica, imprensa e militares.

As relações entre o Brasil e os Estados Unidos também se deterioraram durante o governo Jango. Os EUA viam com preocupação a aproximação do Brasil com países comunistas ou socialistas como Cuba, China e União Soviética.

Serviços de espionagem que agiam no Brasil

trecho do relatório da KGB sobre o regime militar
Créditos: Trecho do relatório da KGB sobre o regime militar que considerou causar guerra civil no Brasil

Os serviços de espionagem que agiam no Brasil em 1964!

Durante o período da Guerra Fria, o Brasil foi alvo de vários serviços de espionagem que atuavam no país com diferentes interesses e estratégias. Entre eles, destacam-se:

KGB

KGB
KGB

A KGB apoiou os grupos de esquerda que lutavam contra o regime militar, fornecendo armas, dinheiro e treinamento.

A KGB (Comitê de Segurança do Estado) da União Soviética, que tinha como objetivo expandir o comunismo na América Latina e desestabilizar os regimes aliados aos Estados Unidos.

A KGB também infiltrou agentes em órgãos do governo, partidos políticos, sindicatos, universidades e meios de comunicação, além de realizar operações de sabotagem e propaganda.

SNI

SNI

O SNI (Serviço Nacional de Informação) do Brasil, que foi criado em 1964 pelo regime militar para centralizar o controle das informações referentes à segurança nacional.

O SNI monitorava as atividades de grupos políticos, sociais e culturais considerados subversivos ou contrários aos interesses do regime.

O SNI também se relacionava com a CIA e com outros órgãos de informação da América Latina por meio da Operação Condor.

IPES

IPES

O IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) do Brasil, que foi uma entidade privada criada em 1961 por empresários e militares anticomunistas.

O IPES tinha como objetivo influenciar a opinião pública e as elites políticas em favor das ideias liberais e conservadoras.

O IPES também se relacionava com a CIA e financiava candidatos, partidos, jornais e movimentos contrários ao governo João Goulart.

DI

serviço de espionagem de Cuba, chamado Dirección de Inteligencia (DI)

O serviço de espionagem de Cuba, chamado Dirección de Inteligencia (DI), que tinha como objetivo apoiar os movimentos revolucionários e guerrilheiros na América Latina, inspirados pela Revolução Cubana de 1959.

O serviço cubano enviava armas, dinheiro, treinamento e agentes para o Brasil, onde se aliava a grupos de esquerda como a ALN (Ação Libertadora Nacional), o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) e a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária).

O serviço cubano também mantinha contatos com o governo João Goulart e com políticos e sindicalistas simpatizantes do socialismo.

MSS

Serviço de espionagem da China, chamado Ministry of State Security (MSS)

O serviço de espionagem da China, chamado Ministry of State Security (MSS), que tinha como objetivo expandir o comunismo na América Latina e disputar a influência com a União Soviética na região.

O serviço chinês apoiava os grupos de esquerda que seguiam a linha maoísta, como o PCdoB (Partido Comunista do Brasil) e a ALN (Ação Libertadora Nacional).

O serviço chinês também buscava estabelecer relações diplomáticas e comerciais com o Brasil, que só foram formalizadas em 1974.

DGSE

Serviço de espionagem da França, chamado Direction Générale de la Sécurité Extérieure (DGSE)

O serviço de espionagem da França, chamado Direction Générale de la Sécurité Extérieure (DGSE), que tinha como objetivo defender os interesses nacionais da França e seus aliados na América Latina.

O serviço francês monitorava as atividades dos serviços de espionagem rivais, como os dos Estados Unidos e da União Soviética, e também se interessava pelas questões políticas, econômicas e culturais do Brasil.

O serviço francês também mantinha contatos com personalidades brasileiras influentes, como o ex-presidente Juscelino Kubitschek.

SIS

Serviço de espionagem da Inglaterra, chamado Secret Intelligence Service (SIS)

O serviço de espionagem da Inglaterra, chamado Secret Intelligence Service (SIS) ou MI6, que tinha como objetivo defender os interesses nacionais da Inglaterra e seus aliados na América Latina.

O serviço inglês cooperava com o serviço norte-americano no âmbito da aliança dos “cinco olhos”, que compartilhavam informações de inteligência.

O serviço inglês também se preocupava com as questões políticas, econômicas e estratégicas do Brasil, especialmente em relação à Amazônia e aos recursos naturais.

Continuando…

A participação de outros países na espionagem no Brasil em 1964, além dos Estados Unidos e da União Soviética. Por exemplo, a França e a Inglaterra, que faziam parte da aliança dos “cinco olhos” com os americanos e compartilhavam informações de inteligência; ou a Alemanha e o Japão, que tinham interesses econômicos e estratégicos no país.

As operações clandestinas realizadas pelos serviços de espionagem no Brasil em 1964, tanto para apoiar quanto para combater o governo militar.

Por exemplo, a Operação Brother Sam, que foi um plano de contingência dos Estados Unidos para fornecer apoio logístico e militar; ou a Operação Condor, que foi uma rede de cooperação entre as ditaduras militares do Cone Sul para reprimir e eliminar os opositores políticos.

As denúncias e as resistências à espionagem no Brasil em 1964, tanto por parte de agentes públicos quanto de agentes privados.

Por exemplo, a denúncia feita pelo jornalista Carlos Castello Branco, que revelou a existência de um plano em sua coluna no Jornal do Brasil; ou a resistência feita por alguns militares legalistas, como o general Osvino Ferreira Alves, que tentou organizar uma reação ao golpe em Brasília.

Jango se encontra com líderes comunistas

Nikita Khrushchev: Brasil, 1960

A visita de Nikita Khrushchev ao Brasil foi a primeira de um líder da União Soviética ao país sul-americano, que era considerado um aliado dos Estados Unidos na Guerra Fria.

A visita foi realizada entre 20 e 24 de novembro de 1960, a convite do presidente Juscelino Kubitschek.

A visita de Nikita Khrushchev ao Brasil teve como objetivo ampliar as relações diplomáticas e comerciais entre os dois países, além de buscar apoio político e moral para a causa do socialismo e da paz mundial.

Khrushchev foi recebido com honras pelo presidente Kubitschek e pelo vice-presidente João Goulart, que lhe ofereceram um banquete no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.

Ele também visitou outras cidades brasileiras, como Brasília, São Paulo e Recife, onde se encontrou com autoridades locais e com representantes dos trabalhadores, dos camponeses e dos estudantes.

A visita de Nikita Khrushchev ao Brasil resultou na assinatura de vários acordos bilaterais, que envolviam temas como o comércio, a cultura, a ciência, a tecnologia e a cooperação técnica.

Entre os acordos destacam-se: o aumento das compras brasileiras de trigo soviético; a concessão de um empréstimo de 100 milhões de dólares para o Brasil; a criação de uma comissão mista para o desenvolvimento econômico; a troca de professores e estudantes entre as universidades dos dois países; a colaboração na exploração do petróleo e na construção de hidrelétricas; e o apoio à candidatura do Brasil para um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

China, 1961

Jango e Mao Tsé-Tung

A visita de Goulart à China foi a primeira de um chefe de Estado brasileiro ao país asiático, que era considerado um inimigo pelos Estados Unidos e pela maioria dos países ocidentais por causa do seu regime comunista.

A visita foi vista como um gesto de desafio à política externa norte-americana e como uma demonstração de independência e autonomia do Brasil.

A visita de Goulart à China durou dez dias, entre 20 e 30 de agosto de 1961. Ele foi recebido com honras pelo presidente Mao Tsé-Tung e pelo primeiro-ministro Zhou Enlai, que lhe ofereceram um banquete no Palácio do Povo, em Pequim.

João Goulart na China

Ele também visitou outras cidades chinesas, como Xangai, Nanquim e Cantão, onde se encontrou com autoridades locais e com representantes dos trabalhadores, dos camponeses e dos estudantes.

A visita de Goulart à China resultou na assinatura de um comunicado conjunto, no qual os dois países expressaram o desejo de estreitar as relações bilaterais e de cooperar em questões de interesse comum.

Eles também afirmaram o respeito mútuo pela soberania e pela integridade territorial de cada nação, bem como o apoio à luta dos povos colonizados e oprimidos pela libertação nacional e social.

Além disso, eles condenaram a agressão imperialista e a intervenção nos assuntos internos dos países em desenvolvimento.

União Soviética, 1961

A primeira página do jornal "Última Hora" em 24 de novembro de 1961 noticiou a retomada das relações entre o Brasil e a União Soviética.
Créditos: autor não encontrado. A primeira página do jornal “Última Hora” em 24 de novembro de 1961 noticiou a retomada das relações entre o Brasil e a União Soviética.

A visita de Goulart à União Soviética foi a segunda de um chefe de Estado brasileiro ao país comunista, depois da visita de Juscelino Kubitschek em 1958. A visita foi realizada entre 30 de agosto e 6 de setembro de 1961, logo após a visita à China.

A visita de Goulart à União Soviética teve como objetivo fortalecer as relações diplomáticas e comerciais entre os dois países, além de buscar apoio político e financeiro para o seu governo.

Goulart foi recebido com honras pelo primeiro-ministro Nikita Khrushchev e pelo presidente Leonid Brezhnev, que lhe ofereceram um banquete no Kremlin, em Moscou.

Ele também visitou outras cidades soviéticas, como Leningrado, Kiev e Tbilisi, onde se encontrou com autoridades locais e com representantes dos trabalhadores, dos camponeses e dos estudantes.

A visita de Goulart à União Soviética resultou na assinatura de vários acordos bilaterais, que envolviam temas como o comércio, a cultura, a ciência, a tecnologia e a cooperação técnica.

Entre os acordos destacam-se: o aumento das compras soviéticas de café brasileiro; a concessão de um empréstimo de 100 milhões de dólares para o Brasil; a criação de uma comissão mista para o desenvolvimento econômico; a troca de professores e estudantes entre as universidades dos dois países; a colaboração na exploração do petróleo e na construção de hidrelétricas; e o apoio à candidatura do Brasil para um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Iugoslávia, 1962

1 Cúpula: 1961, Belgrado, Iugoslávia.
Créditos: Autor não encontrado. Manhã de 1º de abril de 1962, teve início a conferência de cúpula dos países não-alinhados no salão do Palácio da Assembleia Federal Iugoslava, em Belgrado. Um total de 24 países estão sendo representados pelos seus chefes de Estado, chefes de governo ou chanceleres, enquanto três países da América do Sul enviaram observadores para o evento. As mesas foram organizadas em ordem alfabética, formando um círculo onde os líderes das delegações se instalaram. Entre os presentes estavam o marechal Tito e o presidente Nasser, responsáveis pela organização da conferência, assim como o presidente Sukarno e o primeiro-ministro Nehru.

A Conferência dos Países Não Alinhados foi um encontro de líderes de países que não se identificavam nem com o bloco capitalista liderado pelos Estados Unidos nem com o bloco comunista liderado pela União Soviética, durante a Guerra Fria.

O objetivo era defender a autodeterminação dos povos, a cooperação entre as nações em desenvolvimento e a paz mundial.

A primeira conferência ocorreu em 1961, em Belgrado, e reuniu 25 países. A segunda conferência ocorreu em 1964, no Cairo, e reuniu 47 países.

A visita de João Goulart à Conferência dos Países Não Alinhados em Belgrado foi realizada entre 1º e 6 de setembro de 1962, logo após a visita à União Soviética.

Foi a primeira participação do Brasil como observador nesse fórum internacional. Goulart foi acompanhado pelo chanceler San Tiago Dantas e pelo embaixador Araújo Castro.

A visita de João Goulart à Conferência dos Países Não Alinhados em Belgrado teve como objetivo afirmar a política externa independente do Brasil, que buscava diversificar as relações diplomáticas e comerciais do país com outras regiões do mundo, além de defender os interesses nacionais e regionais no cenário internacional.

Goulart discursou na conferência defendendo a solução pacífica dos conflitos, o respeito à soberania dos Estados, a cooperação econômica e cultural entre os países não alinhados e o apoio à descolonização da África e da Ásia.

Ele também se encontrou com vários líderes mundiais presentes no evento, como o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, o primeiro-ministro indiano Jawaharlal Nehru, o presidente indonésio Sukarno e o presidente iugoslavo Josip Broz Tito.

Fidel Castro, 1962

João goulart e fidel
Créditos: ARQUIVO / AGÊNCIA O GLOBO. Durante sua primeira visita ao Brasil como governante de Cuba em maio de 1959, Castro foi recebido por Juscelino Kubitschek, o então presidente brasileiro (à direita na foto), e João Goulart, o futuro presidente brasileiro (à esquerda), no Palácio Laranjeiras, que na época era a sede do governo federal brasileiro.

O encontro de João Goulart com Fidel Castro ocorreu durante a Conferência dos Países Não Alinhados em Belgrado, na Iugoslávia, em setembro de 1962. Foi a primeira vez que os dois líderes se encontraram pessoalmente.

O encontro de João Goulart com Fidel Castro teve como objetivo estreitar as relações entre o Brasil e Cuba, que eram dois países que defendiam o socialismo e a soberania nacional na América Latina.

Goulart e Castro conversaram sobre temas como a reforma agrária, a industrialização, a educação, a saúde e a cultura.

Eles também trocaram impressões sobre a situação política e social do continente e sobre as ameaças do imperialismo norte-americano.

O encontro de João Goulart com Fidel Castro causou polêmica e reação nos setores conservadores e anticomunistas da sociedade brasileira, que viam Cuba como um país inimigo e perigoso para o Brasil.

O encontro também provocou a insatisfação dos Estados Unidos, que consideravam Cuba uma ameaça à sua segurança e à sua hegemonia na região.

O encontro ocorreu poucos meses antes da Crise dos Mísseis de Cuba, que quase levou a uma guerra nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética.

Che Guevara, 1962

Antecedeu o 31 de março de 1964 o encontro de Jango com Che Guevara
Créditos: Foto: René Burri

O encontro de João Goulart com Che Guevara também ocorreu durante a Conferência dos Países Não Alinhados em Belgrado, na Iugoslávia, em setembro de 1962.

Che Guevara era o ministro da Indústria de Cuba e um dos principais líderes da Revolução Cubana, ao lado de Fidel Castro.

O encontro de João Goulart com Che Guevara teve como objetivo fortalecer os laços de amizade e solidariedade entre o Brasil e Cuba, que compartilhavam uma visão socialista e anti-imperialista para a América Latina.

Goulart e Guevara discutiram sobre as possibilidades de cooperação econômica e técnica entre os dois países, especialmente nas áreas de energia, transporte e comunicação.

Eles também abordaram temas como a luta armada, a guerrilha rural, a reforma agrária e a educação popular.

O encontro de João Goulart com Che Guevara gerou admiração e simpatia entre os dois líderes, que se identificaram pela sua origem gaúcha e pela sua vocação revolucionária.

Goulart presenteou Guevara com um poncho típico do Rio Grande do Sul e um livro sobre a Revolução Farroupilha. Guevara presenteou Goulart com uma boina com a estrela vermelha e um livro sobre a Revolução Cubana.

Presidente francês Charles de Gaulle, 1963

jango e Charles de Gaulle, se encontraram antes do marco histórico de 31 de março de 1964
João Goulart à esquerda e Charles de Gaulle à direita

A visita do presidente francês Charles de Gaulle a João Goulart foi um acontecimento histórico que ocorreu em 1963, antes do regime militar que depôs o presidente brasileiro.

A visita teve como objetivo fortalecer as relações políticas e econômicas entre os dois países, além de demonstrar o apoio da França ao governo democrático de Goulart.

De Gaulle foi o primeiro chefe de Estado estrangeiro a visitar o Brasil durante o governo de Goulart e foi recebido com honras pelo presidente brasileiro e pelo povo brasileiro.

Ele visitou várias cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Porto Alegre, onde proferiu discursos e participou de cerimônias oficiais.

A visita de De Gaulle a Goulart ficou marcada pela frase “O Brasil é um país grande”, que ele teria dito em referência ao potencial econômico e social do país.

Essa frase foi interpretada como um elogio e um incentivo ao desenvolvimento do Brasil.

A visita de De Gaulle a Goulart também teve repercussões na política externa brasileira, que passou a buscar uma maior aproximação com a França e com outros países europeus, além de uma maior independência em relação aos Estados Unidos.

A visita de De Gaulle a Goulart foi um exemplo da política externa independente que o Brasil adotou durante o governo de Goulart.

O comício da Central do Brasil

O comício da Central do Brasil, antes 31 de março de 1964
Créditos: autor desconhecido

Um dos momentos mais emblemáticos do governo Jango foi o comício realizado no dia 13 de março de 1964 na Praça da República, em frente à estação ferroviária Central do Brasil, no Rio de Janeiro.

O evento, organizado pelo Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), reuniu cerca de 150 mil pessoas, incluindo membros de entidades sindicais e outras organizações de trabalhadores, servidores públicos civis e militares, estudantes e simpatizantes das reformas de base.

O objetivo era demonstrar o apoio popular às medidas propostas pelo presidente e pressionar o Congresso a aprová-las.

No palanque, Jango discursou por cerca de uma hora, defendendo as reformas agrária, urbana, educacional, bancária e eleitoral.

Ele também anunciou a assinatura de dois decretos: um que nacionalizava as refinarias de petróleo privadas e outro que autorizava a desapropriação de terras improdutivas para fins de reforma agrária.

Além disso, ele revelou que estava preparando outros projetos de lei que previam a limitação da remessa de lucros para o exterior, a concessão do voto aos analfabetos e aos praças das Forças Armadas e a regulamentação da imprensa.

O comício da Central do Brasil foi visto como um ato de desafio ao Congresso e aos setores conservadores da sociedade brasileira, que interpretaram as medidas anunciadas por Jango como uma tentativa de instaurar o socialismo no país.

O evento também aumentou a tensão entre o governo e os militares, que se sentiram desrespeitados pela presença de sargentos insubordinados no palanque e pela proposta de voto aos praças.

Além disso, o comício provocou uma reação contrária por parte dos grupos que se opunham às reformas de base, que organizaram manifestações públicas em defesa da democracia e da ordem.

Reação da sociedade: A Marcha da família com Deus pela liberdade

A Marcha da família com Deus pela liberdade, que culminou na revolução de 31 de março de 1964
Créditos: autor não encontrado

Uma das principais manifestações contrárias ao comício da Central do Brasil foi a marcha da família com Deus pela liberdade, que foi inspirada em uma manifestação semelhante ocorrida na Venezuela em 1958, contra o ditador Marcos Pérez Jiménez.

No Brasil, a marcha foi organizada por grupos conservadores, anticomunistas e contrários às reformas de base propostas pelo presidente João Goulart.

A primeira marcha aconteceu em São Paulo, no dia 19 de março de 1964, reunindo entre 300 e 500 mil pessoas.

A Marcha da família com Deus pela liberdade

O evento contou com o apoio da igreja católica, de empresários, de políticos da UDN e do PSD, de mulheres da classe média e alta e de parte da imprensa.

Os participantes levavam cartazes e faixas com slogans como “Viva a democracia”, “Abaixo o comunismo”, “Brasil acima de tudo” e “Deus salve o Brasil”.

A marcha expressava o temor desses setores diante da possibilidade de uma radicalização política e social no país e da influência comunista no governo Jango.

A marcha da família com Deus pela liberdade foi seguida por outras manifestações similares em outras cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre.

A Marcha da família com Deus pela liberdade, antes do dia histórico de 31 de 1964

Essas manifestações mostravam que havia uma parcela significativa da sociedade brasileira que não apoiava as reformas de base e que estava disposta a resistir a elas.

Esses grupos também contavam com o respaldo dos Estados Unidos, que temiam a perda de sua influência na América Latina e o avanço do comunismo na região.

Os Estados Unidos mantinham uma rede de espionagem e intervenção no Brasil por meio da CIA e do IBAD, que financiavam candidatos anticomunistas nas eleições e apoiavam movimentos civis e militares contrários ao governo Jango.

A marcha da família com Deus pela liberdade foi um dos fatores que contribuíram para a ascensão dos militares ao poder, com a saída iniciou-se o regime militar que duraria 21 anos.

Os militares contaram com o apoio dos setores conservadores da sociedade brasileira, que viam neles uma forma de restaurar a ordem e a democracia no país.

Grupos armados

ALN

Aliança Libertadora Nacional (ALN)
Créditos: autor não encontrado. Carlos Marighella fundador da ALN

Aliança Libertadora Nacional (ALN): Foi fundada em 1968 por Carlos Marighella e tinha como objetivo principal a luta armada contra o regime militar. A ALN foi responsável por diversos assaltos a bancos e sequestros de diplomatas estrangeiros. Em 1969, a ALN se uniu à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) para formar a organização VAR-Palmares.

VPR

vpr
Créditos: Wikipédia

Vanguarda Popular Revolucionária (VPR): Foi fundada em 1966 por Carlos Lamarca e outros militares dissidentes.

A VPR tinha como objetivo principal a luta armada contra o regime militar e foi responsável por diversos assaltos a bancos e sequestros de diplomatas estrangeiros.

Em 1969, a VPR se uniu à Aliança Libertadora Nacional (ALN) para formar a organização VAR-Palmares.

VAR-Palmares

Var-Palmares

VAR-Palmares: Foi criada em 1969 pela união da Aliança Libertadora Nacional (ALN) e da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

A VAR-Palmares foi uma das principais organizações guerrilheiras que atuaram durante o regime militar no Brasil. A organização foi responsável por diversos assaltos a bancos e sequestros de diplomatas estrangeiros. Em 1971, a VAR-Palmares foi desmantelada pelo regime militar.

MR-8

Militantes do MR-8

MR-8: Foi fundado em 1967 por militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB). O MR-8 tinha como objetivo principal a luta armada contra o regime militar e foi responsável por diversos assaltos a bancos e sequestros de diplomatas estrangeiros.

Em 1972, o MR-8 sequestrou o embaixador suíço Giovanni Bucher, que foi libertado após o governo brasileiro libertar 70 presos políticos.

PCB

do 31 de março de 1964 - Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Créditos: autor não encontrado

Partido Comunista Brasileiro (PCB): Foi fundado em 1922 e é um dos partidos políticos mais antigos do Brasil.

Durante o regime militar, o PCB foi perseguido pelo governo e seus membros foram presos e torturados. Alguns militantes do PCB se juntaram a outros grupos guerrilheiros para lutar contra o regime militar.

Organização Revolucionária Marxista

Organização Revolucionária Marxista - Política Operária (Polop) - Regime Militar de 1694
Jornal da Polope – Créditos: autor não encontrado

Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (Polop): Foi fundada em 1968 por militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

A Polop tinha como objetivo principal a luta armada contra o regime militar e foi responsável por diversos assaltos a bancos e sequestros de diplomatas estrangeiros.

Em 1970, a Polop se uniu à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

COLINA

COLINA
Créditos: autor não encontrado

Comando de Libertação Nacional (COLINA): Foi fundado em 1969 por militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

O COLINA tinha como objetivo principal a luta armada contra o regime militar e foi responsável por diversos assaltos a bancos e sequestros de diplomatas estrangeiros. Em 1974, o COLINA foi desmantelado pelo regime militar.

O Contra ataque

contragolpe de 1964, dia 31 de março
Créditos: Wikipédia

No Brasil, o comunismo teve sua atuação marcada desde o século XX por diversos movimentos sociais, partidos comunistas e importantes pensadores marxistas.

Uma das principais tentativas de implantação do comunismo no Brasil ocorreu em 1964, quando o presidente João Goulart, eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), enfrentou forte oposição de setores conservadores da sociedade, como as elites econômicas, a imprensa, a Igreja Católica e as Forças Armadas.

Esses setores acusavam Goulart de ser simpatizante do comunismo e de planejar uma revolução socialista no país, em aliança com líderes internacionais de esquerda, como Fidel Castro e Che Guevara.

Goulart tinha um programa de reformas de base, que incluía medidas como a reforma agrária, a reforma urbana, a reforma educacional, a reforma tributária e a ampliação dos direitos trabalhistas.

Essas medidas eram vistas como ameaçadoras pelos interesses das classes dominantes e como indícios de uma radicalização política do governo. Além disso, Goulart enfrentava uma crise econômica, marcada pela inflação, pelo endividamento externo e pela dependência dos Estados Unidos

Em março de 1964, Goulart realizou um comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, onde anunciou as reformas de base e criticou os setores reacionários que se opunham ao seu governo.

comício na Central do Brasil, que resultou no regime militar de 1964
João Goulart no Comício na Central do Brasil. Créditos: autor não conhecido

O comício reuniu cerca de 150 mil pessoas e foi considerado um ato de desafio à ordem constitucional.

No dia seguinte, ocorreu uma marcha da família com Deus pela liberdade, organizada pela Igreja Católica e pelos grupos anticomunistas, que reuniu cerca de 500 mil pessoas em São Paulo e pediu a deposição de Goulart.

Na madrugada do dia 31 de março de 1964, o general Olímpio Mourão (Comandante da 4ª Região Militar) iniciou um movimento militar em Minas Gerais, rumo ao Rio de Janeiro com o apoio dos Estados Unidos, que temiam a expansão do comunismo na América Latina após a Revolução Cubana de 1959.

Madrugada do dia 31 de março de 1964
Créditos: autor não encontrado

A ação foi apoiada por outros generais, como Humberto de Alencar Castelo Branco e Arthur da Costa e Silva, que comandavam o Estado-Maior do Exército.

O movimento militar contou também com a adesão de governadores civis, como Magalhães Pinto, de Minas Gerais, e Carlos Lacerda, da Guanabara.

O movimento contou com a adesão de outras unidades militares e rapidamente se espalhou pelo país. Goulart tentou resistir, mas não conseguiu o apoio suficiente dos militares legalistas e dos partidos políticos. Ele acabou renunciando ao cargo e se exilando no Uruguai.

O presidente João Goulart estava no Rio de Janeiro quando soube da ação. Ele tentou resistir, convocando seus ministros e aliados políticos para uma reunião no Palácio das Laranjeiras.

Ele também pediu o apoio dos governadores leais, como Miguel Arraes, de Pernambuco, e Seixas Dória, de Sergipe, e dos movimentos populares e sindicais. No entanto, ele não encontrou respaldo suficiente para enfrentar a ação militar.

A maior parte das Forças Armadas aderiu ao movimento ou se manteve neutra. Os governadores do Nordeste não tinham condições militares de reagir. Os trabalhadores e os estudantes não foram mobilizados a tempo.

Diante da situação crítica, Jango decidiu sair do Rio de Janeiro na noite de 1º de abril e seguir para Brasília. Lá, ele esperava contar com o apoio do Congresso Nacional e parte do Exército, comandado pelo general Ladário Pereira Teles.

No entanto, ele foi informado que o Congresso havia declarado a vacância da Presidência da República e que o general Ladário havia se rendido. Sem alternativa, Jango embarcou para Porto Alegre na madrugada de 2 de abril, onde se encontrou com seu cunhado Leonel Brizola.

Leonel Brizola e Jango
Créditos: autor não encontrado

Brizola queria dar o golpe, pois ele tinha planos de conspiração e tentou organizar uma resistência armada contra os militares no Rio Grande do Sul.

Jango preferiu fugir para o Uruguai no dia 4 de abril, iniciando seu exílio político.

Com a saída de Jango do país, os militares assumiram o controle do governo. Eles formaram uma junta militar provisória, composta pelos ministros da Marinha, Augusto Rademaker; do Exército, Artur da Costa e Silva; e da Aeronáutica, Francisco de Assis Correia de Melo.

A junta militar emitiu um Ato Institucional (AI-1) no dia 9 de abril, que cassou os direitos políticos de centenas de pessoas consideradas subversivas ou corruptas.

Congresso elege General Humberto Castelo Branco como Presidente

Congresso elegeu Castelo Branco

Castelo Branco foi o primeiro presidente militar do regime que se iniciou em 1964 no Brasil. Ele foi escolhido em uma eleição indireta realizada em 11 de abril de 1964, após a saída do presidente João Goulart.

Castelo Branco concorreu contra Juarez Távora e Eurico Gaspar Dutra e venceu com a maioria absoluta dos votos. Ele assumiu o cargo oficialmente no dia 15 de abril de 1964.

O governo de Castelo Branco foi caracterizado pela restrição política e pela implantação dos atos institucionais, que concediam poderes extraordinários ao presidente.

Castelo Branco, regime militar
Presidente eleito democraticamente pelo Congresso, General Castelo Branco. Créditos: autor não encontrado

Ele também promoveu reformas na economia, na administração pública e na Constituição. Castelo Branco governou até 15 de março de 1967, quando passou o cargo ao seu sucessor, Costa e Silva. A nova Constituição brasileira, elaborada pelo seu governo, entrou em vigor nesse mesmo dia .

Crescimento do Brasil durante o Regime Militar

crescimento do Brasil em 1964, durante o regime militar
Brasil em durante o regime militar. Créditos: Foto do Arpoador

O regime militar no Brasil foi um período de 21 anos (1964-1985) em que o país foi governado por uma junta de generais que assumiram o poder através de uma eleição democrática como já mencionada neste artigo.

O regime militar foi marcado pelo combate aos grupos armados e guerrilhas. Houve o aumento da segurança em todo o país e crescimento econômico conhecido como “milagre econômico”.

O milagre econômico foi um fenômeno que ocorreu entre 1968 e 1973, quando o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu a uma taxa média acima de 10% ao ano, a inflação oscilou entre 15% e 20% ao ano e a construção civil cresceu, em média, 15% ao ano.

Esse crescimento foi resultado de políticas econômicas implementadas pelo governo militar, que visavam modernizar a economia brasileira e integrá-la ao mercado internacional.

Entre essas políticas, destacam-se:

  • A abertura da economia ao capital estrangeiro, por meio de incentivos fiscais e cambiais, que estimularam os investimentos externos em setores como a indústria automobilística, a siderurgia e a petroquímica.
  • O endividamento externo, por meio da captação de empréstimos junto a organismos internacionais e bancos privados, que financiaram projetos de infraestrutura, como rodovias, hidrelétricas e telecomunicações.
  • O planejamento centralizado, por meio de órgãos como o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Banco Central (BC) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que coordenavam as políticas monetária, fiscal e creditícia.
  • O controle dos salários e dos preços, por meio de tabelamentos e congelamentos, que buscavam conter a inflação e aumentar a produtividade.
  • O incentivo à exportação, por meio da desvalorização cambial e da redução de impostos, que tornaram os produtos brasileiros mais competitivos no mercado externo.

O crescimento econômico do Brasil durante o regime militar trouxe benefícios para alguns setores da sociedade, como os empresários, os militares e as classes médias urbanas. Esses setores se beneficiaram do aumento da renda, do consumo e do acesso a bens duráveis.

Consequências e conclusões sobre o 31 de março de 1964

Dito isso, podemos observar que o regime militar trouxe mudanças significativas ao Brasil.

Ao longo dos seus anos de governo, o país passou por uma modernização econômica, infraestrutura e social, com projetos ambiciosos que permitiram o desenvolvimento de setores-chave da economia, tais como a construção de hidrelétricas, pontes e rodovias, além da instalação de indústrias que ajudaram a impulsionar a economia do país.

Além disso, o regime militar estabilizou o país politicamente, trazendo um período de relativa paz social e acabando com as frequentes crises políticas e as instabilidades do período anterior.

O governo militar também investiu em políticas públicas que melhoraram a educação e a saúde, além de ter promovido a modernização das forças armadas e das forças policiais.

Outro ponto importante é que o regime militar permitiu a expansão do Brasil no cenário internacional, ampliando suas relações comerciais e diplomáticas com outros países.

Isso ajudou a posicionar o país como uma potência emergente e a abrir portas para novas oportunidades de investimento e comércio.

Portanto, podemos concluir que, apesar dos problemas e dificuldades enfrentados durante o regime militar, é importante reconhecer suas contribuições para o desenvolvimento do país, como a modernização da infraestrutura e das instituições, a estabilização política e o fortalecimento da presença internacional do Brasil.

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