A história do hino nacional brasileiro é profunda e cheia de curiosidades e informações ricas e profundas. Infelizmente, não encontramos grandes artigos sobre isso, e, por esse motivo, escrevemos esse post para você!
Aproveite e compartilhe a história do Hino Nacional Brasileiro com um amigo que se interessa pelo assunto. Boa leitura!
História do Hino Nacional
Poucas pessoas sabem disto, mas o Hino nacional brasileiro nem sempre foi chamado assim. Ele já foi nomeado como Hino 7 de abril, em virtude da renúncia de D. Pedro I, de Marcha Triunfal e também, de forma definitiva, de Hino Nacional.
O Hino Nacional teve a sua música composta por Francisco Manuel da Silva e foi escrito por Joaquim Osório Duque Estrada. Ele ficou pronto apenas em 1831.
Na realidade, o então presidente da república Deodoro da Fonseca, que estava governando o país de forma provisória, promoveu um processo seletivo para a composição do Hino Nacional.
No total, participaram do concurso 36 brasileiros, entre eles, Francisco Braga, Leopoldo Miguez e Alberto Nepomuceno. O vencedor foi Leopoldo Miguze
Porém, tanto Joaquim Osório Duque Estrada quanto Francisco Emanuel da Silva eram muito famosos e a população os amava. Logo após a publicação do hino nacional, escrito por Leopoldo Miguez, a população manifestou a sua indignação.
Todos, ou a grande maioria, preferiram o hino que já havia sido composto pelos dois famosos artistas, Joaquim e Francisco. O presidente, para não ir contra a vontade do povo, concordou e afirmou: “Prefiro o hino existente!”.
De forma astuta, Deodoro da Fonseca não descartou o trabalho de Leopoldo Miguez, mas utilizou-o como Hino da Proclamação da República!
Temos um belíssimo registro histórico de uma de 1922 do início do Hino Nacional em forma de partitura construído por Teodoro Braga. Veja abaixo:
Confira o Hino Nacional Brasileiro:
“Hino Nacional do Brasil
Letra de Joaquim Osório Duque Estrada
Música de Francisco Manuel da Silva
Parte I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos
Brilhou no céu da pátria nesse instante
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte
Em teu seio, ó liberdade
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce
Se em teu formoso céu, risonho e límpido
A imagem do Cruzeiro resplandece
Gigante pela própria natureza
És belo, és forte, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandeza
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Pátria amada
Brasil!
Parte II
Deitado eternamente em berço esplêndido
Ao som do mar e à luz do céu profundo
Fulguras, ó Brasil, florão da América
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores
Nossos bosques têm mais vida
Nossa vida no teu seio mais amores
Ó Pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado
E diga o verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado
Mas, se ergues da justiça a clava forte
Verás que um filho teu não foge à luta
Nem teme, quem te adora, a própria morte
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Pátria amada
Brasil!”
Confira o decreto que deu vida a tudo isso:
“Decreto 171, de 20/01/1890:
“Conserva o Hino Nacional e adota o da Proclamação da República.”
O Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil constituído pelo Exército e Armada, em nome da Nação, decreta:
Art. 1º – É conservada como Hino Nacional a composição musical do maestro Francisco Manuel da Silva.
Art. 2º – É adotada sob o título de Hino da Proclamação da República a composição do maestro Leopoldo Miguez, baseada na poesia do cidadão José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros Albuquerque.”
Vale ressaltar que, de acordo com a constituição de 1971, era considerado desrespeito bater palmas durante o hino nacional. Veja a letra da lei:
“Durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, os civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência”.
Por fim, separamos um vocabulário para você compreender da melhor forma possível o Hino Nacional. Esperamos que você goste!
- Gentil – acolhedor, generoso.
- Fulguras – brilhar, despontar, reluzir.
- Florão – flor de ouro.
- Lábaro – bandeira, estandarte.
- Garrida – enfeitada, florida.
- Ostentas – mostra com orgulho.
- Flâmula – bandeira.
- Clava – arma primitiva de guerra, porrete, tacape.
- Vívido – intenso, tem vivacidade.
- Límpido – claro, puro, transparente, não está poluído.
- Resplandece – brilha, ilumina.
- Impávido – corajoso, destemido, valente.
- Cruzeiro – Constelação de estrelas do Cruzeiro do Sul.
- Colosso – grandes dimensões.
- Espelha – reflete.
- Ipiranga – rio onde às margens D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil.
- Plácidas – calmas, serenas, tranquilas.
- Retumbante – som que provoca eco.
- Fúlgidos – brilhante, cintilante.
- Penhor – garantia e segurança de liberdade.
- Brado – grito forte.
- Formoso – belo, bonito, lindo.
- Idolatrada – amada, cultuada.
O significado do Hino Nacional!
O Hino Nacional Brasileiro tem uma simbólica rica em significado dentro de cada palavra.
Lá, podemos observar a grandiosidade e a magnanimidade do território brasileiro, a riqueza da biodiversidade, a beleza das matas e do verde, da floresta. Enfim, todo o conjunto de paisagens que compõem a natureza da nossa nação.
Curiosidade pouco falada!
Pouco se fala sobre isso atualmente, mas sabe-se que o Hino Nacional possuía uma introdução que era atribuída a Américo Moura. Ela era entoada e conhecida! Acompanhe a letra abaixo:
“Espera o Brasil que todos cumprais o vosso dever!
Eia! Avante, Brasileiros! Sempre avante.
Gravai a buril nos pátrios anais o vosso poder!
Eia! Avante, Brasileiros! Sempre avante.
Servir o Brasil sem esmorecer,
Com ânimo audaz!
Cumpri o dever na guerra e na paz!
À sombra da lei,
À brisa gentil,
O lábaro erguer,
do belo Brasil!
Eia! Sus! Oh, sus!
Se alguma página da nossa história
Tiver do obscurecimento o cunho impressor
Que há que, a revivê-la, em luta inglória,
Se oponha as exigências do progresso!
Ó pátria!
Hás de Brilhar!
Do bem hás de conter a excelsa côrte!
Teus filhos
Hás de almejar
As normas da justiça,
E a paz de expor-te!
Pátria querida,
Estremecida!
Hás de, Brasil,
Sempre Brilhar.
Espero que tenha gostado do artigo sobre a história do hino nacional brasileiro. Compartilhe com seus amigos.