O Governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado, fez declarações contundentes em defesa da Polícia Militar de Goiás e criticou fortemente o desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) por suas declarações recentes pedindo o fim da Polícia Militar. O desembargador Adriano Camargo havia afirmado que a polícia militar deveria ser extinta, alegando que não tem mais lugar em um estado constitucional e democrático de direito.
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Em resposta a essas declarações, o Governador Caiado, que também é o comandante-chefe da Polícia Militar do Estado de Goiás, expressou sua indignação durante uma viagem ao exterior. Ele recebeu um vídeo que continha as palavras do desembargador e não poupou críticas.
“Estou em viagem para o exterior e acabo de receber aqui no aeroporto um vídeo que realmente transmite a opinião de uma pessoa que se intitula desembargador no estado de Goiás, Adriano Roberto, onde faz aí as maiores agressões e, sem dúvida nenhuma, pratica um verdadeiro crime contra a polícia militar no estado de Goiás, em que eu tenho o orgulho enorme de ser o seu comandante em chefe.”
O Governador Caiado enfatizou a importância da Polícia Militar no Estado de Goiás, referindo-se ao Artigo 144, Inciso V, da Constituição Brasileira, que prevê a criação da polícia militar para garantir um estado democrático de direito. Ele também questionou se o desembargador estava agindo em conluio com forças criminosas no estado.
“Você está tentando contra o estado democrático de direito ou você está cooptado por outras forças do crime no nosso estado de Goiás,” afirmou Caiado.
Caiado também expressou sua decepção com as declarações do desembargador e pediu que o Tribunal de Justiça de Goiás avaliasse a conduta do mesmo: “Você não está vestido com a liturgia do cargo. Você é um cidadão desrespeitoso, agressivo, inconsequente e que precisa aprender que não é com esse tipo de fala num julgamento, onde tudo está sendo visto. Está sendo ali publicizado que você viu emitir essa sua opinião.”
O Governador anunciou que já instruiu o Procurador-Geral do Estado de Goiás a preparar um documento para encaminhar ao corregedor do TJGO, a fim de que as medidas apropriadas sejam tomadas em relação ao desembargador.
Essas declarações provocaram debates e discussões em todo o estado, com diversos setores da sociedade expressando suas opiniões favoráveis a Polícia Militar do Estado de Goiás. O futuro desse caso agora está nas mãos do sistema judiciário, que deve avaliar as ações do desembargador em questão e determinar as medidas apropriadas.