Em uma recente entrevista à revista Crusoé, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez declarações sobre o uso de armas, revelando sua preferência por não dormir desarmado e sua prática constante de portar uma arma em seus deslocamentos. Em meio ao contexto do novo decreto de armas publicado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última semana, Bolsonaro comentou que não vê problemas em alguém que queira utilizar armas para atirar.
Durante a entrevista, Bolsonaro também expressou sua preocupação em relação à legislação atual sobre armamento no Brasil, criticando-a por ser excessivamente rigorosa e restringir o acesso às armas para a população. Ele mencionou que o Partido dos Trabalhadores (PT) não respeitou o referendo das armas, que previa o direito de compra de armamentos e munições, e questionou o critério de “efetiva necessidade” exigido para obtenção de posse de armas.
Um dos temas discutidos na entrevista foi o caso de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), cujo pedido de renovação de porte de armas foi negado pela Polícia Federal. Bolsonaro sugeriu que a PF teria recebido orientações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, porém, ressaltou que não tinha certeza sobre o ocorrido.
O ex-presidente também abordou as declarações de Lula, que manifestou o desejo de fechar a maioria dos clubes de tiro no país, argumentando que apenas as forças de segurança deveriam ter acesso a esses locais para treinamento. Em resposta a essas colocações, Bolsonaro defendeu a importância dos empresários terem espaços para a prática de tiro e questionou como pessoas que enfrentam dificuldades financeiras conseguiriam adquirir armas de fogo.
Lula, por sua vez, defendeu um decreto com novas regras para a aquisição e porte de armas no Brasil, cujas mudanças incluem limitações na quantidade de armas e munições que cada pessoa pode adquirir, restrição de certos calibres e proibição do funcionamento ininterrupto de clubes de tiro. Além disso, o decreto exige que as armas sejam carregadas com munição somente em casos de efetiva necessidade.
O debate em torno das políticas de controle de armas continua gerando divergências no cenário político brasileiro, e as declarações de ambos os líderes têm suscitado reações diversas na sociedade.
Fonte: Terra Brasil Notícias